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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Cozinhar com banha, pode? Deve!

A banha de porco foi considerada a vilã da alimentação por muitos anos. Mas isso está mudando.
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Segundo a nutricionista Rita Lamas: "As pessoas deveriam cozinhar mais com ela!".

A banha de porco é uma gordura saturada, como toda gordura de origem animal.

- E, como toda gordura animal, sofre preconceito. – comenta Rita.

Manteiga, carne gorda, banha… Todas sofreram preconceito nas últimas décadas. Alguns estudos até relacionaram a gordura saturada com o colesterol, mas esta visão mudou na comunidade científica.

Percebeu-se com o tempo que, quando a pessoa reduz o consumo de gordura saturada acaba aumentando o carboidrato na dieta. Com isso, ganha peso, aumenta risco de diabete e a tão problemática circunferência abdominal, que tem relação com várias doenças.

- Os estudos, então, concluíram que comer gordura saturada dentro das recomendações da Organização Mundial da Saúde é saudável. Exatamente por este equilíbrio.

Além disso, a banha é barata e rica em vitamina D, além de fonte de bom colesterol.

E qual é a quantidade recomendada?

Todo mundo pode consumir banha de porco, mas Rita Lamas explica que há aspectos que interferem na quantidade, como colesterol e perda de peso.

Mas e uma pessoa normal, sem restrições?

A nutricionista explica que as gorduras devem ficar de 15% a 30% do valor energético total consumido no dia. A saturada, especificamente, deve ficar em torno de 7%.

- Em uma dieta de 2 mil calorias, 7% de gordura saturada dá 16 gramas. São duas colheres de sopa, divididas em manteiga, o bife e um pouquinho de banha, por exemplo.

Então, usar para cozinhar está liberado! Quando a pessoa usa banha para fazer um feijão ou pão acaba por consumir pouco.

- E dá um gosto especial. – diz a nutri.

E, para finalizar, Rita lembra que, cientificamente, sabe-se muito mais sobre a banha de porco do que sobre o óleo de coco, que está tão na moda.


Fonte: Lado Natureba