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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Confira os principais argumentos a favor e contra a carne vermelha

Estudos científicos apontam prós e contras de ser vegetariano ou "carnívoro"



Que atire o primeiro bife quem nunca parou para pensar como seria a vida sem carne vermelha. Seríamos mais ou menos saudáveis? Tirando a discussão filosófica e ecológica e considerando somente o que tange a saúde, sobram argumentos pró e contra. A quantidade de informações contraditórias acaba confundindo e trazendo ainda mais dúvidas.

Embora a porcentagem de vegetarianos venha se mantendo estável ao longo da história, há um interesse crescente no assunto — basta olhar os restaurantes naturais e vegetarianos, que ficam lotados na hora do almoço. Há os mais radicais, como os veganos, que não comem nada de origem animal, outros que comem somente peixe, e aqueles que apenas aboliram os pedaços sangrentos da dieta.

Já os loucos por carne — categoria mais do que comum em solo gaúcho — também erguem suas bandeiras. Não gostar de picanha mal passada e de costela gorda é quase uma heresia. Para esta legião de carnívoros, pesquisas que apontam os malefícios do alimento são refugadas como brócolis em espeto corrido.

Para colaborar com ambos os lados, selecionamos algumas das pesquisas mais relevantes sobre o assunto. Cabe ao leitor tirar suas próprias conclusões. Afinal, esta é uma decisão pessoal e cabe a cada um fazer seu próprio julgamento.

Contra a carne

:: DNA — Um estudo da Open University britânica, publicado no jornal médico Cancer Research, comparou dietas repletas de carne vermelha com as vegetarianas. Segundo os cientistas, um cardápio rico dessa proteína teria maior possibilidade de causar câncer porque danificaria o DNA, provocando mutações e aumentando o risco de câncer.

:: Rins — Quem come muita carne vermelha pode ter maior risco de desenvolver alguns tipos de câncer renal, segundo um estudo feito nos EUA com milhares de adultos. Os autores do artigo publicado na revista American Journal of Clinical Nutrition concluíram que adultos de meia-idade que consumiam mais carne vermelha tinham 19% mais probabilidade de serem diagnosticados com câncer nos rins do que aqueles que faziam um consumo moderado.

:: Colesterol — O guia Abordagens Dietéticas para Prevenir a Hipertensão (DASH, sigla em inglês), indicado pela Associação Americana do Coração, é recomendado para a redução do colesterol e dos riscos de doenças cardíacas. A dieta encoraja o consumo de peixes e aves, mas não muita carne vermelha.

:: Diabetes — Comer um bife ou uma salsicha por dia aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2. A conclusão é do maior estudo já feito sobre o assunto, com dados de cerca de 300 mil pessoas, acompanhadas desde a década de 1970. A pesquisa, feita pela Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, foi publicada no American Journal of Clinical Nutrition. Já as carnes processadas, como salame e mortadela, foram consideradas mais prejudiciais: poderiam elevar o risco de diabetes em 51%.

:: Coração — O aumento do consumo de comidas ricas em proteína em substituição ao consumo diário de carne vermelha diminui no risco de desenvolvimento de doenças do coração. Os resultados, publicados no periódico Circulation, demonstraram que o consumo de carne vermelha — in natura ou processada — pode aumentar o risco do desenvolvimento dessas doenças cardíacas em até 30%.

:: Câncer — Um estudo sobre a relação entre o câncer e a carne vermelha publicado em 2007 na revista PLoS Medicine, afirmando que a dieta rica em carne vermelha pode aumentar em 24% o risco de câncer colorretal.

:: Intestino — "A carne dificulta a digestão, forçando o fígado e o estômago a produzir ácido em excesso", explica o oncologista suíço Fabio Levi, da Universidade de Lausanne. "E a corrosão das paredes do intestino pode provocar mutações cancerígenas", afirma.

:: Mutações — Outra substância presente na carne e apontada como perigosa é o amino heterocíclico. Apesar de não existir nas proteínas cruas, ele é criado pelo calor da grelha ou da panela, formando aquele "pretinho" crocante dos churrascos e das frituras. Os aminos acabam no interior das células, onde se ligam ao DNA e provocam mutações cancerígenas, conforme explica Barbara Pence, da Universidade Técnica do Texas (EUA).

A favor da carne

:: Obesidade — Gary Taubes, correspondente da revista americana Science e um dos principais escritores de ciência do mundo, escreveu um longo artigo no qual classificava o medo da gordura saturada como "dogma". Taubes afirma que, mesmo com tanta pesquisa, não há prova de que gordura saturada e infarto estão ligados. E vai além: diz que a propaganda do governo só serviu para fazer com que os americanos comessem mais — ao evitar a gordura, eles acabavam ingerindo mais carboidratos, mais açúcar, para manter a quantidade diária de calorias (o corpo tende a reclamar quando as calorias são insuficientes para saciá-lo — isso se chama fome). Resultado: o índice de obesidade passou de 14% para 22% no país. E obesidade, sabidamente, é um sério fator de risco para doenças cardíacas.

:: Coração — Os franceses e os mediterrâneos em geral consomem carnes de todos os tipos, mas têm ao seu favor o consumo de vegetais frescos e azeite de oliva, além de vinho. Seus índices de mortalidade por doenças cardíacas são bem mais baixos do que os norte-americanos. Além disto, eles vivem mais. Genética e conjunção de todos os fatores, como comer sem pressa, podem contribuir para isto.

:: Natureza — Não somos vegetarianos por natureza. O homem tem dentes pequenos e sistema digestivo curto, características de onívoros, como explica o antropologo físico Walter Neves, da Universidade de São Paulo, maior especialista brasileiro em homens pré-históricos. Ou seja, nosso organismo está preparado para comer de tudo, inclusive carne.

:: Proteína — A carne é um alimento do grupo construtor, que tem a maior concentração de ferro biodisponível (de fácil absorção pelo corpo humano), ou seja, com todos os aminoácidos essenciais à sua constituição, além do ferro heme que é, sem dúvida alguma, o mais eficiente no combate à anemia. Isso sem contar as demais qualidades: alto teor proteico de zinco, cálcio, fósforo, sódio, potássio, enxofre, cloro, magnésio, cobre, níquel, manganês e carboidratos (glicose e glicogênio), e ainda das vitaminas B1, B2, B3, B12, entre outras.

:: Vitaminas — As gorduras contidas na carne são fundamentais para a absorção das vitaminas lipossolúveis (dissolvidas em gordura) A, D, E, e K. O temido colesterol é o precursor da vitamina D (que fixa o cálcio aos ossos) e ainda dos hormônios adrenocorticais (estrógenos, andrógenos e progesterona). Elas são também precursoras das prostaglandinas, consideradas as substâncias biológicas mais potentes que existem no corpo humano, que têm a função de produzir relaxamento ou contração na musculatura, diminuem a pressão arterial e ativam (ou desativam) alguns hormônios.

:: Nutrição — Paulo Henkin, chefe do Serviço de Nutrologia do Hospital Ernesto Dornelles, afirma que quem não come carne "está na fronteira da boa nutrição e da desnutrição. Estudos de longa duração jamais encontraram uma relação contundente entre o aumento da longevidade e o não consumo de carne, pelo contrário". Henkin afirma que todas as dietas restritivas, não importa se de proteínas ou de carboidratos, levará o organismo a um déficit nutricional, potencializando várias doenças.

:: Ferro — A absorção do ferro das carnes é seis vezes maior do que o de vegetais. Isso porque nos vegetais a concorrência é desleal: o ferro convive com outras moléculas que atrapalham seu aproveitamento. Elas o deixam menos solúvel e mais difícil de atravessar a parede do intestino.

:: Colesterol — O consumo de carne vermelha magra pode ser saudável para o coração, da mesma maneira que a carne branca, segundo pesquisa publicada no American Journal of Clinical Nutrition, na qual é constatado que quando há o controle da gordura saturada, os índices de colesterol podem ser reduzidos.

Fonte: VIDA

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Carência de vitamina D compromete a saúde dos ossos

Três porções diárias de leite e derivados são necessárias para atingir a quantidade ideal


De acordo com o estudo Brazilian Osteoporosis Study, brasileiros com mais de 40 anos, de todas as regiões e de diversas classes socioeconômicas, consomem cálcio e vitamina D, nutrientes relacionados à saúde óssea, de maneira insuficiente.

A ingestão diária de cálcio foi, em média, um terço da recomendada para o gênero e faixa etária, enquanto a ingestão média de vitamina D foi equivalente a um quarto da recomendação diária para o gênero e a faixa etária pesquisados.

— Para atingir a quantidade ideal de cálcio é vitamina D, é necessário o consumo de três porções diárias de leite e derivados — recomenda a nutricionista Maria Fernanda Elias.

Segundo ela, a prática regular de exercícios físicos e a exposição ao sol, antes das 10h e após as 16h, também são fundamentais para a manutenção da saúde dos ossos.

— Os raios ultravioleta modificam a estrutura da vitamina D para que ela possa ser aproveitada pelo organismo. Apenas a vitamina D utilizada em alimentos fortificados e suplementos nutricionais não requer ação da luz solar, pois já está pronta para exercer suas funções — explica.

A vitamina D promove a absorção de cálcio, após a exposição à luz solar, contribuindo para garantir uma boa formação e manutenção de ossos e dentes.

Fonte: BEM-ESTAR

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Banana tem "hormônio do sono" e ainda ajuda a controlar a compulsão por doces

Nutricionista ensina receita de farinha e biomassa de banana verde.


A banana é o quarto alimento mais produzido no mundo. Conhecida pelo alto teor de cálcio e potássio, a fruta é benéfica principalmente para os atletas e praticantes de exercícios físicos, pois ajuda e evitar câimbras e dores musculares.

Mas a banana também é um excelente aliado para quem sofre de insônia.

— Ela contém triptofano, um aminoácido precursor da melatonina, hormônio do sono. Sendo uma ótima pedida para se comer à noite. O mesmo aminoácido ainda ajuda a controlar a compulsão por doces — revela a nutricionista Dafne Oliveira.

Conforme a nutricionista, a banana é indicada como sobremesa, pois prolonga a sensação de saciedade. Por isso, ao contrário do que se pensa, é uma ótima opção para quem quer emagrecer.

Uma variedade que faz muito bem para o organismo é a banana verde. Nesse estágio, a fruta é um excelente alimento funcional.

— Por ainda estar verde, ela concentra altas quantidades de fibras solúveis, como a inulina, sendo considerada um prebiótico natural, ou seja, um alimento que contém bactérias boas que auxiliam em nosso intestino — conta explica a nutricionista.

Para o consumo da banana verde, Dafne indica a ingestão na forma de farinha ou de biomassa. A farinha pode ser adicionada em refeições, líquidos, frutas, e até em bolos e pães. Já a biomassa pode ser batida com suco ou vitamina.

Como fazer a biomassa

Coloque três bananas verdes inteiras, com casca, dentro da panela de pressão com água o suficiente para cobri-las. Após o início do vapor, cozinhe as bananas por sete minutos. Desligue o fogo, escorra a água, descasque as bananas e bata a polpa no liquidificador. Guarde a biomassa em um pote de vidro na geladeira por até cinco dias.

Como fazer a farinha de banana verde

Escalde as bananas em água fervente por dois minutos. Descasque e corte-as em tiras. Coloque em um tabuleiro, dispostas lado a lado. Leve ao forno e deixe-as torrar até que fiquem quebradiças e esfarinhando na mão. Passe no liquidificador e depois em uma peneira fina. Use a farinha para fazer bolos, pães, misturar com frutas e saladas.

Fonte: BEM-ESTAR

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Como os exercícios físicos beneficiam o corpo por dentro e por fora

Abandonar o sedentarismo tem efeitos positivos até mesmo no humor.


Que os exercícios físicos fazem bem ao corpo não é novidade. Mas há uma série de vantagens, que vão além da boa forma. Na hora de escolher qual exercício praticar, é necessária uma avaliação médica e, se possível, a orientação de um professor de educação física. Os cuidados devem ser redobrados para pessoas com mais de 40 anos, fumantes, sedentárias, obesas ou apresentam alguma doença crônica. Lembre-se que, para entrar em forma, não é necessário se tornar um atleta de ponta.

A nova diretriz do Colégio Americano do Esporte recomenda a prática de exercícios cinco vezes por semana. Porém, é importante deixar bem claro que, para romper a inércia, ela não tem que iniciar com cinco vezes por semana. Ela tem que progressivamente começar com duas vezes, depois três vezes até chegar a cinco vezes por semana, dentro de um processo progressivo.

O organismo está sempre queimando calorias para manter suas funções vitais básicas, incluindo respiração, circulação e funcionamento dos órgãos. A energia necessária para manter estas funções é denominada "taxa metabólica basal" ou "taxa metabólica de repouso".

Quaisquer outras atividades realizadas exigem um consumo adicional de energia, obtida a partir da metabolização de glicogênio — forma sob a qual os carboidratos são armazenados — e gordura. Quando você realiza atividades aeróbicas, o organismo queima calorias.

Para perder peso, dê preferência a atividades mais prolongadas, com intensidade moderada, como caminhada, natação e ciclismo. As atividades curtas e de maior intensidade, como musculação, tendem a queimar carboidratos em vez de gorduras e, portanto, são menos eficazes para perda de peso, mas excelentes para ganhos de massa magra e prevenção de lesões.

Todo o organismo é beneficiado

:: Eficiência cardíaca

Um coração mais forte é capaz de bombear mais sangue a cada batimento. Portanto, o coração não precisa bater tão rápido durante o repouso ou a atividade física.

:: Perda e manutenção do peso

A associação de uma dieta alimentar balanceada e a prática regular de atividades físicas reduzem o peso e substituem gordura por massa magra (músculos).

:: Saúde mental em dia

A prática regular de atividades físicas promove a liberação de endorfinas, substâncias naturais com ação analgésica. Além disso, as endorfinas combatem o estresse, a depressão e a ansiedade.

:: Fortalecimento do sistema imunológico

Pessoas que praticam exercícios físicos regularmente são menos vulneráveis a doenças virais, como resfriados e gripes. Acredita-se que os exercícios ajudam a ativar o sistema imunológico e prepará-lo para combater infecções.

:: Disposição e bom humor

Os exercícios físicos podem deixá-lo cansado a curto prazo, durante e logo após o treinamento, mas posteriormente aumentam a disposição e reduzem a fadiga, além de melhorarem o humor.

:: Menor risco de doenças

O excesso de peso é um fator que contribui para o desenvolvimento de doenças cardíacas, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral (AVC), diabetes e alguns tipos de câncer. Perdendo peso, você apresenta um menor risco de desenvolver estas doenças. Além disso, atividades aeróbicas de baixo impacto, como caminhada, por exemplo, podem reduzir o risco de osteoporose e suas complicações. Em pacientes com artrite, boas opções que evitam o estresse articular são a natação e a hidroginástica.

:: Você vive mais — e melhor

Em 1986, os resultados do Harvard Alumni Health Study, publicados no New England Journal of Medicine, comprovaram cientificamente que a prática de exercícios físicos está diretamente relacionada com uma maior expectativa de vida. Desde então, novos estudos têm demonstrado resultados semelhantes.

:: Força muscular e alívio das dores

Os exercícios estimulam o aparecimento de pequenos vasos sanguíneos nos músculos. Assim, o organismo consegue fornecer maiores quantidades de oxigênio para o tecido muscular, removendo o que é indesejável no metabolismo, como o ácido láctico, por exemplo. Assim, é possível combater problemas como a dor muscular crônica, a fibromialgia e as dores lombares.

Para quem quer começar...

:: Aqueça os músculos com uma caminhada de cinco a dez minutos. Em seguida, faça alongamentos por mais cinco ou 10 minutos antes de iniciar os exercícios. Não alongue seu corpo com os músculos frios.

:: No começo, vá devagar. Podem ser necessárias algumas semanas para conseguir realizar cerca de 20 a 30 minutos de atividade física contínua. Tenha paciência.

:: A regularidade do exercício é essencial. Não adianta caminhar uma vez por semana. Reserve um tempo diário e torne-o sagrado. Lembre-se que a recompensa será um corpo mais saudável e uma mente mais leve.

Fonte: A importância e os Benefícios dos Exercícios Aeróbicos, Elisabete Fernandes Almeida.

Fonte: VIDA

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Com status de superalimento, a chia é a nova querida dos nutricionistas brasileiros

Grão originário dos Andes é rico em ácido graxo ômega 3, bom para prevenir doenças cardiovasculares


Considerado um dos grãos mais eficazes na prevenção e diminuição do risco de problemas cardiovasculares, pressão alta, obesidade, colesterol e diabetes, a chia chegou no Brasil há pouco. Proveniente da região dos Andes, o alimento é considerado uma importante fonte de ácido graxo ômega 3 de origem vegetal.

De acordo com a nutricionista da Unidade de Doenças Cardiovasculares da Pontifícia Universidade Católica do Chile, Carolina Chica, pesquisadora do grão há quase 10 anos, a chia dispõe de proteínas de alto valor biológico, fibras e antioxidantes, o que confere ao alimento um poderoso aliado no combate aos radicais livres.

— Além disso, a chia tem ação anti-inflamatória e grande capacidade de absorção de glicose, ideal para a prevenção do diabetes e controle da insulina — afirma a especialista.

A aparência do grão de chia é próxima ao gergelim, porém com uma coloração mais escura. Uma de suas vantagens é que pode ser consumido em sua forma natural, sem a necessidade de trituração para obter seus nutrientes, como exigem alguns outros grãos. Pode ser utilizado no preparo de bolos, pães e massas, além de ser normalmente consumido com cereais matinais, sopas, saladas, iogurtes, sucos, vitaminas e frutas.

A grande vantagem da chia é a sua praticidade. Você pode consumi-la em sua forma natural, sem a necessidade de triturar ou moer.

Este alimento tem uma história curiosa: o grão era uma das principais fontes de alimentação dos povos andinos da era pré-colombiana, com plantio desde 2600 a.C. Era cultivado no México e na Guatemala e consumido principalmente pelos maias e astecas para aumentar a resistência física. No entanto, a chia também estava atrelada a rituais sagrados e servia como oferenda aos deuses dessas civilizações, o que despertou a ira de espanhóis católicos que viam a cerimônia como um ritual pagão. Com isso, seu cultivo foi extinto por séculos e só foi retomado no início da década de 90 por um grupo de pesquisadores argentinos em parceria com a Universidade do Arizona (EUA). Desde então, os cientistas têm se voltado para pesquisas com o grão.

Hoje, a chia pode ser encontrada na alimentação dos povos norte-americanos, canadenses, japoneses, australianos, mexicanos, chilenos e de grande parte da América Latina. Estudos científicos apontam seus benefícios na prevenção e no controle de diabetes, colesterol, hipertensão, e câncer de mama, entre outras doenças.

A fibra também é outro ponto importante a se considerar nesse superalimento. Em torno de 40% são fibras dietéticas, sendo 36% de fibra insolúvel e 5% de fibra solúvel. Muitos nutricionistas recomendam seu consumo como um aliado em dietas de redução de peso.

— Seu poder de emagrecimento está relacionado a elevada quantidade de fibras que proporcionam sensação de saciedade. Quando entram em contato com a água, essas fibras formam uma espécie de gel no estômago, dando sensação de saciedade — afirma a nutricionista Fernanda Granja.

Uma gordura essencial

:: O ômega 3 é um ácido graxo essencial. Trata-se de uma gordura importante para o organismo, mas que apesar de necessária, não é produzida pelo corpo humano. Em geral, os ácidos graxos essenciais regulam as funções do organismo e contribuem para a absorção de vitaminas, para a síntese de hormônios e previnem doenças cardiovasculares.

:: O ácido graxo ômega 3 tem um papel essencial nas membranas do sistema nervoso e é muito importante para o sistema cardiovascular. Ele impede a formação de trombos, faz com que o sangue flua melhor e protege a camada do endotélio. Além disso, cumpre uma função importante na parte elétrica do corpo como o coração, a retina e também na capacidade de aprendizado do indivíduo como a atenção e a memória, melhorando o desempenho intelectual.

Fonte: VIDA

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sedentarismo é responsável por 54% do risco de morte por infarto, alerta Sociedade Brasileira de Cardiologia

Apenas 20% dos porto-alegrenses praticam exercícios três vezes por semana, conforme pesquisa Índice de Bem-Estar (IBE) da Unimed, realizada em 2010.



Pesquisas da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) revelam que a população atual gasta bem menos calorias por dia do que gastava há 100 anos. Atualmente, 70% dos adultos não pratica exercícios físicos regularmente. E é esta a origem de grande parte dos problemas de coração, que já matam mais do que a hipertensão, a obesidade, o colesterol alto, o diabetes e o tabagismo. A vida sedentária pode ser responsabilizada por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral — principais causas de óbito no país.

Na mais recente pesquisa do Índice de Bem-Estar (IBE) da Unimed, realizada em 2010 com 480 pessoas na Capital, o número de pessoas que não praticam nenhuma atividade física somou 38% dos entrevistados. Ou seja: de cada 10 indivíduos, apenas seis praticam algum tipo de esporte. Os que praticam menos de três vezes por semana somam 36%. Os ativos, que praticam exercícios ao menos três vezes por semana (o mínimo recomendado) foi de apenas 20%.

Segundo o cardiologista Luiz Fernando Kubrusly, as atividades físicas são essenciais para a manutenção da saúde em todos os aspectos.

— É possível treinar o coração e usá-lo como um guia para ajudar a obter os resultados desejados. Após uma avaliação clínica, que evita a exposição a alguns riscos, pode-se indicar a melhor atividade e a intensidade de esforço que deve ser praticada, obtendo resultados melhores e mais rapidamente — explica.

Ao observar o funcionamento do corpo, especialistas concluíram que há faixas de batimentos cardíacos nas quais o organismo responde de forma diferente a cada uma delas — as chamadas zonas de batimentos cardíacos-alvo ou zonas de treinamento. Existem faixas nas quais a pessoa deve se exercitar para alcançar cada objetivo que deseja: perda de gordura, aumento de resistência física, entre outros.

Em geral, é indicada a combinação de exercícios aeróbicos (caminhar, pedalar, correr, nadar) com os anaeróbicos (de alta intensidade e curta duração, como musculação). De forma diferente, ambos fortalecem o sistema cardiorrespiratório, além de prevenirem uma série de doenças a curto, médio e longo prazo.

Três razões

A psicóloga Marisa Markunas cita três motivos que levam as pessoas a praticar esportes: em função de necessidades especiais (normalmente por indicação médica), por motivos estéticos e por desejos esportivos (o gosto pela prática). Em cada uma das possibilidades, o sujeito terá um objetivo e um tipo de desgaste para a prática física, do mesmo modo que perceberá ou não diferentes tipos de resultados ou benefícios.

— Quem inicia e consegue manter a atividade física por pelo menos quatro semanas sentirá os efeitos em sua autoestima pelo simples motivo de haver conseguido cumprir o objetivo de realizá-la, e, paralelamente, ao sentir os efeitos objetivos como o bem-estar físico, as mudanças estéticas e os bons resultados médicos — calcula.

Segundo Magnus Benetti, cardiologista e graduado em Educação Física, quanto maior a aptidão física, menor é a taxa de mortalidade cardiovascular. O especialista cita alguns exemplos de doenças que se tornam graves pela falta de bons hábitos.

— A má alimentação, o estresse e a baixa aptidão física aumentam o risco de desenvolver doenças como a síndrome metabólica, câncer e doenças cardiovasculares e respiratórias, além de induzir à hipertensão e elevar os triglicérides — afirma.

Os 20 minutos de ouro

Segundo pesquisas mencionadas por Tom Rath e Jim Harter, ambos do Gallup e autores do recém-lançado O Fator Bem-Estar (Ed. Saraiva, 2011, 160 págs.), mesmo usando estimativas conservadoras, a maioria de nós não faz exercícios o suficiente. Entre 400 mil pessoas entrevistadas pelo instituto, apenas 38% afirmaram que praticaram atividades físicas no dia anterior e apenas 27% fizeram os 30 minutos ou mais de exercícios recomendados cinco dias por semana. Os dados constam no Índice de Bem-estar da Gallup-Healthways, realizado entre 1° de maio de 2008 a 30 de abril de 2009.

Segundo os autores, pessoas que se exercitam pelo menos dois dias por semana são mais felizes e têm significativamente menos estresse. Além disso, esses benefícios aumentam com o exercício mais frequente. A cada dia adicional de atividades físicas em determinada semana — pelo menos até seis dias, quando as pessoas atingem um ponto de rendimento decrescentes — continua a aumentar os níveis de energia.

Um experimento recente revelou que apenas 20 minutos de malhação podem melhorar o nosso humor por várias horas. Conforme declarado em uma publicação da respeitada Mayo Clinic, "a falta de energia muitas vezes resulta da inatividade, não da idade". Uma das grandes vantagens é o aumento da taxa metabólica, o que contribui para queimar mais gordura ao longo do dia. Ou seja: mesmo parado, você gasta mais calorias.

— Pode parecer absurdo, mas uma das melhores maneiras de combater a fadiga é por meio do exercício. Podemos usar a desculpa de estarmos muito cansados para malhar, mas esse é o pior momento para ficarmos parados — afirmam os autires.

Uma análise abrangente de mais de 40 estudos descobriu que o exercício é muito mais eficaz em eliminar a fadiga do que medicamentos usados para este fim. Além disso, faz com que a autoestima fique elevadas.

— Se você se exercitar hoje, terá uma probabilidade mais de duas vezes maior de se sentir atraente amanhã — ressalta Harter.

Pesquisadores da Universidade de Colúmbia descobriram que as percepções psicológicas da nossa imagem corporal podem ser tão importantes quanto as medidas objetivas, como o índice de massa corporal (IMC).

Fonte: VIDA

5 Passos para você conquistar sua independência financeira

1) Dedique tempo à construção de seu plano no papel ou em uma planilha eletrônica.


Principalmente para quem não lida com números no dia-a-dia, visualizar o plano ajuda tanto na motivação para executá-lo quanto na identificação de pontos falhos e “gordurinhas” – aquelas despesas mensais de pequeno valor e aparentemente irrelevantes, mas que são as grandes vilãs do orçamento quando somadas ao longo do mês.

2) Relacione todas as suas fontes de recursos financeiros e todos os seus gastos mensais.

Seja detalhista, pelo menos uma vez na vida, ao longo de um mês. Coloque no papel todos os gastos, sem esquecer as migalhas que são drenadas de seu bolso na forma de gorjetas, arredondamentos na conta da padaria, cafés no meio do dia e aquelas “coisinhas a mais” que acabamos levando na banca de jornal quando compramos a Nova. Não será pelo valor da prestação de seu carro ou de suas últimas compras no shopping que seu orçamento apresentará problemas, porque provavelmente você verificou se havia espaço na sua renda para adquiri-los. Geralmente os orçamentos estouram porque aqueles pequenos valores que são desprezados ao longo do mês acabam se tornando algumas dezenas ou centenas de reais no balanço final – provavelmente um valor que faria toda diferença no futuro se fosse poupado mês a mês.

3) Identifique suas possibilidades de redução de gastos e estabeleça limites para os gastos não programados.

O segredo de um bom planejamento financeiro é impor limites a certos gastos e ter disciplina para seguir estes limites. Se você levar a sério o item anterior, certamente irá se impressionar. Alguns gastos não são controláveis, como aluguel, impostos, escola e plano de saúde. Outros podem ser otimizados, como o gasto com alimentação e produtos de cuidado pessoal, substituindo marcas muito caras por equivalentes mais em conta e levando a sério a prática de fazer pesquisas de preços. Há também aqueles gastos que podem ser perfeitamente planejados, como a renovação do guarda-roupa, o happy hour com os amigos e o lazer de finais de semana. Com estes, estabeleça limites mensais para seus gastos, e seja fiel a estes limites. Por exemplo, estabeleça uma meta de, digamos, R$ 200 mensais para renovação do guarda-roupa. Se não gastar tudo este mês, terá a mais para o mês seguinte – mas não caia na bobagem de gastar a mais por antecedência.

4) Após otimizar seus gastos mensais, identifique de forma precisa o preço de sua sobrevivência, quanto você gasta mensalmente com segurança.

Seu padrão de vida deve ter um custo inferior a sua renda. Sugiro que você gaste para se manter, no máximo, 90% da renda líquida. No total destes gastos devem estar incluídas todas as contas essenciais, incluindo seu lazer, a renovação do guarda-roupa, as prestações do carro, seguros, gastos pequenos do dia-a-dia, etc. O importante é estabelecer um teto para seus gastos totais, seja rigorosa.

5) Calcule quanto sobra de sua remuneração para possíveis investimentos mensais.

Definindo com precisão os limites de seu orçamento, destine parte ou o total do excedente a um investimento que você faça regularmente. Se você optar por um plano de previdência privada, isto estará sendo feito com tranqüilidade. Se seu orçamento for disciplinado e você estiver satisfeita com a renda que seu plano financeiro estará garantindo no futuro, não haverá nenhum problema em fazer alguns luxos quando surgir alguma sobra – como o décimo-terceiro salário, a restituição do Imposto de Renda ou um bônus salarial. O melhor de um bom planejamento financeiro é a oportunidade que ele dá de gastarmos as sobras sem peso na consciência.

Fonte: Mais Dinheiro

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Musculação reduz pressão arterial em hipertensos

Redução da pressão arterial está no mesmo patamar obtido com a medicação.



Portadores de hipertensão que realizaram treinamento de força — musculação — conseguiram reduzir a pressão arterial a níveis semelhantes aos obtidos por meio de medicamentos, revela pesquisa com a participação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP). O estudo comprova que o treino de força é seguro para os hipertensos, desde que com acompanhamento médico e de profissionais de atividade física. O trabalho também mostrou que a redução da pressão permanece por até quatro semanas após a interrupção do treinamento.

A pesquisa com hipertensos faz parte da pesquisa de doutorado em Biofísica de Newton Rocha Moraes, realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), orientada pelo professor Ronaldo Carvalho e co-orientada por Reury Bacurau, professor do curso de Ciências da Atividade Física da EACH. Segundo Bacurau, na literatura científica há vários estudos que mostram o efeito positivo do exercício aeróbio, como corridas e natação, no controle da pressão, mas o benefício da musculação era pouco conhecido.

Participaram do estudo 15 homens com hipertensão moderada, que utilizavam medicação, com média de idade em torno de 46 anos. Durante seis semanas antes do início do treinamento, com supervisão médica, os medicamentos foram gradativamente retirados. Os pacientes eram examinados periodicamente e não tinham nenhuma outra doença crônica, como diabetes. Os exercícios foram realizados durante 12 semanas, trabalhando sete grupos musculares (abdômen, pernas, parte interna e externa das coxas, ombros, biceps e tríceps) três vezes por semana, em dias não consecutivos.

Apesar de o treino ser o mesmo que é voltado para iniciantes, os participantes realizavam musculação convencional, ou seja, três séries em cada aparelho com carga moderada, e não em circuito, mudando de aparelho a cada série, com carga baixa. Com o treinamento, a média de pressão dos pacientes, que era de 153 milímetros (sistólica, associada ao bombeamento de sangue pelo coração) e 96 milímetros (diastólica), caiu para 137 milímetros (sistólica) e 84 milímetos (diastólica). De acordo com o professor, a redução está no mesmo patamar que é obtido com a medicação.

Redução

Conforme Bacurau, esperava-se uma redução média da pressão em torno de 5 milímetros, o que já seria considerado um resultado satisfatório. No entanto, esse indice foi de aproximadamente 13 milímetros, o que comprova o efeito positivo do treinamento de força.

Depois do final do período de treino, os pacientes foram acompanhados durante quatro semanas. Verificou-se que eles mantinham o mesmo efeito de queda da pressão registrado durante o tempo de realização dos exercícios.

— Este resultado é imporante, porque serve como estímulo ao hipertenso a continuar com a musculação, ajustando o treinamento às suas necessidades de vida — destaca o pesquisador.
A pesquisa também mostrou que os participantes tiveram aumento da força física e da flexibilidade.

— Antes se acreditava que a musculação poderia ser perigosa para os hipertensos pelo risco de problemas cardíacos, mas hoje as pesquisas mostram seu potencial na redução de problemas cardiovasculares — conclui.

O professor recomenda que as pessoas interessadas em fazer treinamento de força procurem orientação de médicos e profissionais de atividade física.

Fonte: Bem-Estar

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Entenda por que comer arroz e feijão faz bem à saúde

Dupla compõe um importante arranjo de nutrientes.


Para manter a tradição da população brasileira no consumo diário de arroz e feijão, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária — Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está disponibilizando aos produtores as cultivares de arroz BRS Tropical e BRS Jaçanã; e as cultivares de feijão BRS Estilo e Pérola, para a próxima safra.

Juntos, arroz e feijão asseguram um excelente arranjo de nutrientes. O arroz contém metionina e o feijão, lisina — aminoácidos que compõem um importante perfil proteico. O arroz possui ainda várias vitaminas do complexo B, carboidratos, cálcio e folato (ácido fólico). O feijão, por sua vez, é rico em proteína, ferro, vitaminas do complexo B e demais minerais fundamentais para o bom funcionamento do organismo.

A parceria também é responsável por manter o equilíbrio no índice glicêmico. Enquanto o arroz pode ocasionar aumento nas taxas de açúcar e insulina, o feijão é responsável por conter esse efeito. A dica é colocar três colheres de arroz para uma de feijão.

De acordo com o Balanço de Oferta e Demanda da Conab, na safra 2010/2011, o Brasil consumiu 12,8 milhões de toneladas de arroz em casca e 3,6 de feijão.

Fonte: BEM-ESTAR